sexta-feira, 24 de maio de 2013

Diário de Campanha - Parte 4 - Ajudando Anões...

Bem, galera depois de muito tempo sem postar, retorno com mais uma parte do diário de campanha da aventura que estou jogando com o meu grupo. Houve algumas mudanças desde de a última postagem. Eu comecei esse diário para manter um registro da campanha para o Encontro dos Amigos do RPG, pois a proposta inicial era mestrar sempre nesses encontros com os mesmos personagens (que iriam evoluindo), mas os jogadores poderiam mudar de acordo com quem estivesse presente no Encontro. Como não consegui manter a regularidade de jogos no encontro dos amigos, eu migrei a campanha para um grupo pessoal e está dando muito certo. Os jogadores oficiais agora são: Hamilton (Anão Guerreiro), João Paulo (Humano Bárbaro), Vítor (Meio-Elfa Ranger), Rafael (Humano Clérigo de Tanna-Toh), André (Ladino Halfling) e Mariana (Maga Elfa).

Quem começou a ler agora, se quiser ter acesso aos capítulos anteriores do diário pode acessar os links abaixo.


Então vamos lá.

Após cumprir a missão e desvendar o mistério do Guardião da Morte em Gorendill o grupo recebeu a recompensa, encheu os bolsos e todos decidiram que iriam ajudar Grabur, o anão com relação ao pedido de ajuda enviado pelo seu primo. Após olharem o mapa e verificar a distância que os separava do reino de Tyrondyr os heróis decidiram ir primeiro para Valkaria e lá (além de gastar a grana do tesouro) encontrar um meio mais rápido de chegar ao Reino da Fronteira.  A viagem até Valkaria foi tranquila e assim que chegaram os PJ's perceberam que a cidade estava um verdadeiro alvoroço pois Vectora estava ancorada na capital. Foi um prato cheio para os heróis que subiram de balão goblin até a cidade voadora (e deram muita, muita, sorte de não despencar). Lá em cima foram dar um upgrade no equipamentos enquanto a maga elfa foi dar um upgrade no guarda roupas. Um incidente marcou a passagem deles por Vectora: A Ranger teve sua bolsa (com 600 TO) roubada por trombadinha de Vectora. Contudo ela rastreou o moleque e quase lhe deu uma boa sova, mas resolveu perdoar o menino (e não torná-lo seu empregado) depois de levá-lo a sua mãe (e esta lhe dar uma boa sova). O moleque que acabou se afeiçoando à meio-elfa (e ao seu inconfundível cheirinho de terra molhada) ajudou o grupo a conseguir montarias aladas (Grifos) a um preço justo. E o grupo ainda conseguiu uma outra side quest: um anão ferreiro de Vectora fez uma encomenda ao grupo. Ele precisava de pelo menos 2 kg de um raro metal (aço cristal) que segundo suas pesquisas era minerado há muitos séculos numa montanha em Tyrondir (coincidência?). O grupo, que já estava indo pra lá mesmo, aceitou a missão, coma promessa do ferreiro de que se os heróis conseguisse uma quantidade maior do metal ele forjaria armas para o grupo com esse excedente.

Tudo muito lindo. O grupo pagou uma grana pelo aluguel de uns grifos meio capengas e conseguiram chegar a Tyrondir em pouco mais de uma semana.

O grupo aterrissou num forte próximo à fronteira leste de Tirondyr, a alguns dias de viagem da cidade de Dagba. O local tinha a proteção de uma paliçada de troncos de árvore mas uma parte desta estava destruída. O líder do forte explicou que o local era uma proteção contra os ataques cada vez mais frequentes de grupo de goblinoides e orcs vindos do continente sul. Segundo o comandante há algumas semanas uma horda organizada de goblinoides havia ocupado uma importante rota de caranas cuja estrada passava por entre um duas montanhas; O lugar, chamado Vale do Vento Leste, é o principal meio de abastecimento da cidade de Dagba e por onde são escoadas as produções de alimento de fazendas que ficam atrás do vale. Além de tudo isso o forte estava sofrendo constantes de ataques tropas goblinoides muito organizadas nos últimos dias e que contavam inclusive com armas de cerco. Muitos soldados já haviam morrido e eles não aguentariam por muito tempo.

Após situados pelo líder do forte o anão questionou sobre o seu primo que havia lhe pedido ajuda. Foi lhe informado que ele havia sido seriamente ferido no último ataque. O anão foi ter com seu primo moribundo mas para tristeza deste, o nobre guerreiro além de muito ferido estava envenenado (ou seja, não podia ser salvo). O próprio Grabur se encarregou de dar uma morte digna ao seu primo. Depois disso jurou que vingaria a sua morte.

A melhor forma de ajudar o forte seria destruir o acampamento goblinoide matando o exército das criaturas. O grupo formulou o seguinte plano: Após pesquisar a geografia da região o Adros, o clérigo de Tanna Toh, descobriu que uma das montanhas do vale era conhecida por Montanha da Pedra da Sombra, e tinha esse nome por conta de uma formação geológica singular, uma pedra enorme esculpida pela natureza num ângulo de 90° em relação à própria montanha. A montanha havia recebido o nome de Pedra da Sombra, pois com o sol à pino a pedra lança uma sombra em todo o centro do vale.

Conversando com alguns anões - soldados do forte - eles descobriram que a tal montanha era lar de antigo clã de anões que mineravam um raro metal (advinha?) chamado aço cristal, além de salitre e enxofre (componentes da pólvora artoniana). Reunindo essas informações o grupo resolveu que iria adentrar a montanha visando chegar até o seu topo e lá utilizando-se dos componentes certos fabricariam pólvora (a maga e o clérigo) e explodiriam a Pedra da Sombra fazendo uma avalanche soterraria a horda de goblinoides. À noite o grupo pôde experimentar na pele a força da horda. O forte foi atacado por uma tropa organizada que contava inclusive com um ogro destruindo tudo. Com ajuda do grupo eles foram rechaçados. No dia seguinte o grupo partiu para o Vale do Vento leste, um dos anões do forte de nome Bagboö, decidiu acompanhar o grupo e mostrar o caminho secreto e a entrada da montanha que antes pertencera ao seu clã.

No caminho para o vale o grupo se deparou com um vilarejo de uma pequena tribo bárbara, completamente arrasado. Homens mortos, mulheres estupradas e estacadas e crianças esquartejadas. Uma criança sobrevivente contou tudo aos heróis. Ela disse que um grande grupo de Orcs de pelagem negra havia atacado sua tribo e matou todos.

O grupo escoltou a menina para um local onde segundo ela, poderia se encontrar com outros sobreviventes de sua tribo.

Com grupo sentindo cada vez mais ódio dos orcs e goblinoides um dia depois os heróis se depararam com um acampamento de Orcs Negros ainda comemorando o último saque comendo um pedaço de carne humana. Não deu outra: o Bárbaro foi quem começou a chacina, mas antes que chegasse a ranger já havia derrubado um com suas flechas certeiras. O anão seguiu derrubando um por golpe e maga fez chover fogo em todo mundo (até no bárbaro do grupo). Os arqueiros Orcs Negros conseguiram ferir um pouco o grupo mas no geral foi uma matança só.

Seguindo viagem os heróis chegaram em uma passagem pedregosa que dava acesso a uma ravina parcialmente escondida por uma erosão natural da montanha. Dessa vez o grupo não notou que estavam entrando por um caminho mortal, o local há muito tempo havia sido tomado por Krutiks (criaturas insetoides) e uma grande concentração delas cercou os heróis. O grupo percebeu que não dava pra lutar contra tantos monstros e então o guerreiro, o bárbaro e clérigo e o anão soldado do forte tentaram uma manobra arriscada: Emparedaram-se com seus escudos à frente do grupo e iniciaram uma manobra de empurrar em conjunto enquanto isso os outros membros ajudavam como podiam. A Ranger e o ladino prestavam ajuda com ações preparadas derrubando com flechas qualquer Krutik que tentasse saltar por sobre os escudos e a maga inteligentemente criou uma Área Escorregadia na retaguarda atrasando boa parte das criaturas que vinham por trás. Por fim, com os membros da parede de escudos bastante feridos, eles chegaram até à passagem secreta na montanha, uma porta de pedra que foi aberta e depois fechada por Bagboö.

Quando o grupo achava que estava seguro eles se viram em meio ao ninho das criaturas (krutiks). E toma-lhe correria até que o grupo - perseguido por mais uma monte de krutiks, chegou a uma galeria e maga explodiu a saída do túnel com uma bola de fogo.

Depois desse ponto o grupo seguiu descendo a montanha sendo orientados por Bagboö. Enfrentaram ainda 2 Ankhegs e encontraram algumas pepitas de aço cristal. Após um dia de viagem adentrando a montanha, o grupo teve contato com os primeiros resquícios da civilização anã que existia ali. Eles puderam perceber as maravilhas da engenharia anã quando conseguiram destravar o mecanismo de uma elevador movido a vapor que vinha de um rio fervente no fundo da montanha. Após subirem pelo elevador chegaram às ruínas da praça principal da cidade anã. Bagboö levou-os aos depósitos de Salitre e Enxofre, e enquanto o mago e a clériga trabalhavam na confecção da pólvora o restante do grupo pôs-se a explorar o local. Eles encontraram uma espécie de cofre dos anões trancado com portas reforçadas com adamante, além disso o ladino encontrou um dispositivo secreto, um espécie de transporte movido por roldanas que dava acesso a um outro nível da montanha. Após se reunirem com o mago e com a clériga - que já tinham a pólvora pronta - subiram no transporte depararam-se exatamente no meio de uma espécie de praça de reunião e não estavam sozinhos: um grupo de ogros liderados por um gigante que se auto-denominava Rei da Montanha pareciam estar deliberando sobre algo mas o grupo apareceu bem no meio da da turba. Eles perceberam tarde demais que o transporte era na verdade uma espécie de Púlpito em tempos antigos elevava o rei em meio à praça para fazer os seus discursos.

Começou a batalha derradeira que definiria missão do grupo.

O Rei da Montanha, um Gigante das Cavernas, embora surpreso pelos intrusos em seu lar, não demonstrou preocupação com os pequeninos. Apenas gritou com voz gutural para que seus capangas matassem a todos, enquanto acariciava tranquilamente seu Lobo Atroz de estimação. Os ogros atacaram os heróis e durante a peleja conseguiram derrubar a Maga e o Bárbaro, contudo a ajuda precisa das conjurações de cura do Clérigo ajudaram a manter o grupo. Os ogros foram caindo um a um mas não sem prejuízo para os heróis. Quando metade dos ogros caiu o Gigante mandou seu "bichinho" atacar. E toma-lhe mais dano no Bárbaro, que caiu de novo, e de novo levantado pelo clérigo. O grupo sabiamente não atacou o Gigante antes de acabar com todos os Ogros. Contudo quando a Ranger deu cabo de seu bichinho, com 2 flechas certeiras, ele se levantou furioso e pronto pra pra matar. A peleja esquentou a partir daqui, e o grupo todo levou, sendo que quem mais sofreu foram Guerreiro e Bárbaro como sempre. Contudo a estratégia dos heróis superou a força brutal do Rei da Montanha que morreu com um belo crítico do Bárbaro, que segundo a própria descrição do Jogador, "afundou o machado no topo da cabeça e só foi parar no meio do esterno do monstro.

Após uma tomada de fôlego e curas o grupo seguiu procurando a passagem para o topo da montanha. Ainda tiveram alguns desafios e enigmas, num dos quais Bartold o ladino morreu por sua ganância.

Por fim o grupo ativou as cargas explosivas que derrubaram a pedra da sombra e criou o desabamento que soterrou o acampamento goblinoide.

Tiveram ainda que descer a montanha correndo para não serem pegos pelo desmoronamento causado pelas explosões . Mas eles conseguiram.

Quando voltaram ao acampamento descobriram tudo destruído e todos mortos. Eles ainda conseguiram extrair algumas informações de um Hobgoblin moribundo, mas nada muito importante.

Antes de a aventura acabar eles encontram os novos membros do grupo. O novo ladino goblin e o monge elfo que tinham sido enviados da cidade de Dragba para ajudar o forte.


Bem, acho que isso é tudo. Até o próximo diário de campanha.

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